sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Homossexuais fazem pressão pela aprovação de projeto contra “homofobia”

A Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros - lançou, na manhã desta quinta-feira (27), no Senado, em seminário nacional, campanha para arrecadar um milhão de assinaturas em apoio ao projeto de lei da Câmara (PLC 122/06) que torna crime a homofobia, isto é, a aversão ao homossexualismo.O projeto tramita no Senado e, na avaliação de Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays e Transgêneros (ABLGT), não há mais razão para adiar a aprovação da matéria.- Não podemos mais ficar esperando uma situação ideal para aprovar esse projeto. Temos que bater em cada gabinete; não estamos discutindo o Alcorão, mas a Constituição brasileira.
Muitos fundamentalistas dizem que queremos destruir a família. Não queremos destruir nada. Nós queremos criar o nosso tipo de família. Pagamos impostos, temos deveres, queremos nossos direitos. Não queremos nenhum privilégio, aposentadoria especial, nada.
Queremos respeito - disse Toni Reis, em discurso durante a reunião promovida pela frente parlamentar.
O presidente da ABLGT citou pesquisa feita este ano, pelo DataSenado, segundo a qual 70% dos entrevistados concordam com a aprovação desse projeto que torna crime a discriminação de sexo, orientação sexual e identidade de gênero, e prevê formas de punição à discriminação.
De acordo com Toni Reis, os sexualmente diferentes precisam de solidariedade para que a tramitação desse projeto ganhe celeridade, "para ganhar ou para perder", disse. Lamentou que, no momento em que se comemoram os 20 anos da Constituição federal, a comunidade LGBT não tem nada a comemorar e proclamou: "Não podemos mais ficar à mercê de fundamentalistas".
Durante a reunião da frente parlamentar, o projeto recebeu o apoio dos senadores Serys Slhessarenko (PT-MT), que presidiu os trabalhos, Fátima Cleide (PT-RO), presidente da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT) José Nery (PSOL-PA) e de vários outros presentes.
Ao sublinhar a importância do seminário nacional da frente parlamentar, que em sua quinta edição debate a homofobia, Serys Slhessarenko disse que o dia era extremamente importante, mas que chegará o momento em que os sexualmente diferentes não precisarão mais realizar esse tipo de encontro.- O sentimento propiciado por essa reunião é bom, mas por outro lado é ruim, porque o preconceito existe.
Discutir a situação dos homossexuais é bom, mas se não fosse a opressão não estaríamos aqui debatendo nada. Rebentar as amarras do preconceito não é fácil para ninguém. Há homofobia neste país.
Diariamente, vemos homossexuais enfrentando dificuldades para terem sua sexualidade respeitada.
Lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros fazem manifestação em frente ao CongressoNo anunciado propósito de fazer história, a Frente Parlamentar pela Cidadania e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays e Transgêneros (ABLGT) agruparam, ao meio-dia desta quinta-feira (27), vários representantes do segmento na rampa do Congresso Nacional.
O objetivo da manifestação foi registrar o lançamento, no Parlamento, de campanha pela aprovação do PLC 122/06, que criminaliza a homofobia.Aprovado na Câmara e aguardando deliberação no Senado, o projeto torna crimes, puníveis com até cinco anos de prisão, a discriminação e o preconceito contra homossexuais.
De acordo com a Frente Parlamentar, a cada dois dias é assassinado no Brasil um integrante do segmento populacional que reúne lésbicas, gays, bissexuais e transexuais.
Fonte: Agência Senado

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