quarta-feira, 30 de junho de 2010

OMG News : Dilma diz que é favorável à união civil de homossexuais

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff (foto), disse, nesta segunda-feira, que é favorável à união civil de pessoas do mesmo sexo e que é contra alterações na atual legislação que regula o aborto.

"Sou a favor da união civil. Acho que a questão do casamento é religiosa. Eu, como indivíduo, jamais me posicionaria sobre o que uma religião deve ou não fazer. Temos que respeitar", afirmou, durante sua participação no programa "Roda Viva".

Aborto

Em relação ao aborto, a ex-ministra-chefe da Casa Civil defendeu que mulheres que se enquadram nos casos previstos em lei - estupro e risco de morte para a mãe - devem ter o direito de ser atendidas pelo serviço público. "Sempre digo uma coisa: não acredito que tenha uma mulher que seja a favor do aborto. Não acho que as mulheres fazem aborto porque são favoráveis ao aborto. É uma coisa esquisitíssima, absurda supor que uma mulher seja a favor do aborto", disse.

"Temos uma legislação no Brasil sobre essa questão e sou a favor de mantê-la. O que acho é que mulheres enquadradas naquela situação têm direito de fazer na rede pública, e se tem de tornar isso acessível. Senão fica a seguinte situação: mulheres ricas têm acesso a clínicas, mulheres pobres usam a agulha de tricô."

Dilma deixou a TV Cultura assim que encerrou sua participação no programa "Roda Viva". Segundo sua assessoria de imprensa, ela tinha outros compromissos a cumprir em São Paulo. Um jantar com a jornalista Joyce Pascowitch não foi confirmado por sua equipe.

Fonte: O Galileo

OMG News : Suprema Corte dos EUA estende direito de ter armas a todo o país

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta segunda-feira que os cidadãos em todos os Estados e cidades do país têm o direito de portar armas de fogo para legítima defesa.

O tribunal, o de mais alta instância do país, anunciou seu parecer em uma ação apresentada por defensores do porte de armas da região da cidade de Chicago, onde vigora há 28 anos uma lei que restringe a posse.

A medida deve agora forçar cidades e Estados americanos que adotam leis parecidas a tornar mais fácil a propriedade de armas de fogo, em um duro golpe contra os ativistas que pregam o desarmamento.

A Suprema Corte ficou dividida na análise da ação, aprovando a decisão por cinco votos a quatro.

Washington

O tribunal havia decidido há dois anos que a proibição de armas de fogo em vigor na cidade de Washington era inconstitucional, argumentando que a Segunda Emenda da Carta Magna americana protege o direito individual de possuir armas.

No entanto, Washington é a capital federal e adota um conjunto de leis único no país.

Na decisão desta segunda-feira, a Suprema Corte esclareceu que a Segunda Emenda da Constituição americana é válida "igualmente para o governo federal e para os Estados".

Esse parecer não anula, de forma explícita, a proibição na área de Chicago, mas indica que as Cortes Federais de Recursos devem reconsiderar suas decisões, deixando pouca dúvida de que leis como a de Chicago serão derrubadas.

A ação na Suprema Corte foi movida por quatro moradores da cidade, por outros ativistas que apoiam o direito de portar armas e pela National Rifle Association (NRA, “Associação Nacional do Rifle” em tradução livre), organização que defende o porte nos Estados Unidos.

A NRA elogiou a decisão, que chamou de "marco".

"A NRA vai trabalhar para garantir que esta vitória constitucional não seja transformada em uma derrota prática por juízes ativistas, desafiada por conselhos municipais ou políticos cínicos que querem corromper, reverter ou anular a decisão da Suprema Corte", afirmou o vice-presidente-executivo da organização, Wayne LaPierre.

Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 29 de junho de 2010

OMG News: Sex Shop Gospel é criado para apimentar a relação de casais evangélicos

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OMG News :Feminista ultra-radical acusa livros de ensino religioso em escolas públicas de estimularem “homofobia” e “intolerância”

Ativista Débora Diniz, financiada por grandes fundações dos EUA, trabalha para exterminar das escolas livros católicos e evangélicos que não sacralizem o homossexualismo

Por Julio Severo (Foto)

De acordo com o Uol Notícias, uma “pesquisa” da UnB (Universidade de Brasília) argumenta que o “preconceito” e a “intolerância religiosa” fazem parte da lição de casa de milhares de crianças e jovens do ensino fundamental brasileiro. Produzido com base na análise dos 25 livros de ensino religioso mais usados pelas escolas públicas do país, o “estudo” foi apresentado no livro “Laicidade: O Ensino Religioso no Brasil”, lançado na última terça-feira (22) em Brasília. “O estímulo à homofobia e a imposição de uma espécie de ‘catecismo cristão’ em sala de aula são uma constante nas publicações”, afirma Débora Diniz, uma das autoras do trabalho.
Essa “pesquisa” vem no encalço de outra “pesquisa”, que foi feita pela ONG Anis, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), e examinou 61 das 98 publicações de maior distribuição nos ensinos fundamental e médio. A responsável pela pesquisa foi igualmente Débora Diniz, que é professora na UnB e membro da ANIS, organização dedicada à promoção de “direitos” de aborto e homossexualismo. Por coincidência, a ANIS é financiada pelas Fundações Ford e MacArthur, grupos imperialistas culturais dos EUA que financiam organizações e programas pró-aborto e pró-homossexualismo no mundo inteiro.
A feminista ultra-radical Débora Diniz é mais conhecida pela defesa intransigente do aborto, onde ela tem recebido verbas monumentais de instituições americanas para realizar “pesquisas” no Brasil. Aliás, seu treinamento e estudos pró-aborto e pró-homossexualismo, que ocorreram nos EUA, foram financiados por essas instituições. Ela é também conhecida por ter movido processo contra o Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz por tê-la chamado de “abortista”.
Diniz é muito sensível a certas palavras. É por isso que nem mesmo dicionários escaparam da voracidade censuradora da sua “pesquisa”. Ao analisar 24 dicionários distribuídos pelo MEC, ela concluiu que todos, sem exceção, são “homofóbicos” ao usarem expressões como “pederasta” como sinônimo de “homossexual”. Com a conclusão de sua “pesquisa”, Diniz recomenda mudanças para que dentro de cada sala de aula do Brasil só sejam aceitos livros e dicionários que proclamem a sacralidade do homossexualismo.
Mas salve-se quem puder, pois ela não está de olho somente em dicionários. Ela está determinada a colocar os livros cristãos em escolas na mira censuradora do Estado a serviço da Gaystapo.
Cedo ou tarde ela acabará fazendo a “descoberta”, numa nova “pesquisa”, de que as bibliotecas escolares do Brasil estão impregnadas com um livro chamado “Bíblia”, que diz coisas “escandalosas” como:
“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é” (Levítico 18:22 ACF)
Quando fizer essa descoberta, o que ela vai recomendar? Busca, apreensão e queima do livro “ofensivo”?
Diante da suprema e sacrossanta sodomia instituída pelo Estado, ativistas financiados por poderosas fundações dos EUA não hesitarão sacrificar nada, nem mesmo o livro que é respeitado pela maioria cristã do Brasil como livro mais importante.
É a inquisição abortista, feminista e gayzista se unindo para exterminar das escolas todo livro cristão que ouse mostrar a opinião de Deus sobre a sexualidade, tornando as escolas públicas lugares sagrados do aprendizado da superior sodomia. É a sodomização do ensino escolar.
Com tantas crianças nas escolas, para que estão preparando o terreno?
No boletim Notícias da Comunidade Gay do final de década de 1970, um artigo escrito por Michael Swift (que se proclama revolucionário gay) profetizou:
“Nós sodomizaremos seus filhos... Tremam, porcos heterossexuais, quando aparecermos diante de vocês, sem máscara”.
(Citado no livro O Movimento Homossexual, de Julio Severo, publicado em 1998 pela Editora Betânia.)
Fonte: www.juliosevero.com

OMG News : O que diz o pastor evangélico e líder espiritual de Marina Silva

Em entrevista a revista Época desta semana, Sóstenes Apolos da Silva (foto), pastor da Assembleia de Deus, a maior denominação evangélica do Brasil e líder religioso da candidata à Presidência pelo PV, Marina Silva, explica por que ela se opõe ao casamento gay e ao aborto. “A Bíblia considera errada a homossexualidade. E muito errada”, afirma o pastor.

São quatro dezenas de ovelhas espalhadas pela sala. Marrons, brancas, pretas. De vidro, de acrílico, de pelúcia. “Essas dão muito menos trabalho do que as minhas ovelhas reais”, diz o pastor evangélico Sóstenes Apolos da Silva, dono da coleção. Há 31 anos, ele é pastor da Assembleia de Deus, a maior denominação evangélica do Brasil, com 8,4 milhões de fiéis, segundo o último Censo. E é o líder religioso da candidata à Presidência pelo PV, Marina Silva. A igreja presidida pelo pastor Sóstenes em Brasília é a frequentada por Marina. Além de guiá-la espiritualmente, ele se engajou na campanha. Tem ajudado Marina a circular pelo meio evangélico. “O problema é que ela é pouco conhecida”, diz o pastor. “Marina ainda é confundida com a Heloísa Helena (também dissidente do PT e candidata à Presidência pelo PSOL em 2006).”

Marina é assídua na igreja. É fácil encontrá-la sentada na quinta ou sexta fileira de bancos do salão durante os cultos de domingo. Antes de ser evangélica da Assembleia de Deus, foi católica. Na juventude, estudou para tornar-se freira. Depois desistiu. Em nome de convicções religiosas, ela já disse ser contra o casamento gay (depois defendeu a união civil entre homossexuais, desde que não haja bênção religiosa), a legalização do aborto, o uso de células-tronco embrionárias em pesquisas e a descriminalização das drogas. Tudo em discordância com as ideias do estatuto do PV. Para o pastor, não há contradição porque Marina e o PV dividem a bandeira do meio ambiente, e ela mantém a postura cristã. Em meio à coleção de ovelhas, ele conversou com ÉPOCA

Pastor Sóstenes

QUEM É
É pastor evangélico da Assembleia de Deus há 31 anos. Tem 60 anos, é casado, tem três filhos e três netos

O QUE FAZ
Preside a igreja da Assembleia de Deus no Plano Piloto de Brasília, frequentada por Marina Silva. É presidente da Convenção Evangélica da Assembleia de Deus do Distrito Federal

ÉPOCA – Como conheceu Marina Silva?

Pastor Sóstenes Apolos da Silva – Alguém a convidou para um culto, em 2006. Ela já era convertida, batizada em outra Assembleia de Deus de Brasília. Pela projeção que tem, frequentar uma igreja pequena a deixava muito exposta. Aqui, na nossa igreja, fica absorvida em um grupo maior. Ela gosta de ser muito discreta.

Ela é assediada nos cultos?

As pessoas a procuram, e ela não se esquiva. Eu quis montar um esquema de segurança, mas ela não quis. Quer estar no meio do povo. Meu plano era colocá-la junto dos obreiros num lugar reservado, porque ela também é obreira. Vai que aparece um doido, né?!

O que Marina deve fazer por ser obreira da Assembleia de Deus?

Ela dá palestras de conteúdo bíblico, faz pregações. Há uns dois anos nós demos um curso para ela de noções de homilética, de interpretação bíblica. É um curso de fim de semana. Ela fez todas as aulas, os deveres de casa. Fazia perguntas para o professor. Como obreira, ela deve seguir a ética cristã, conhecer a Bíblia. E deve recolher o dízimo, como todo membro da igreja.

O senhor pede orações por ela?

Sim. Teve uma fase em que houve uma seca brava no Acre e não estava previsto chover num período de 30 dias. A mata estava incendiada, não se conseguia apagar o fogo. Ela expôs o problema, nós bancamos a causa, fomos orar, e Deus mandou chuva fora de todas as previsões. Ela sempre pede oração e orientação. Eu oriento no sentido de que todo cristão é um representante de Deus, seja qual for o trabalho. Um cristão deve evitar posturas indignas.

Como o senhor vê o fato de Marina ser filiada a um partido favorável à legalização do aborto – posição contrária à da Assembleia de Deus?
Pastor Sóstenes – Marina conseguiu que o estatuto do PV liberasse os membros a tomar posições sob o argumento da questão de consciência. Em uma votação, a pessoa está liberada para seguir sua consciência (na verdade, o PV permite que seus quadros se abstenham de votar quando há conflito de consciência).

Em casos como o aborto, ela fala em fazer plebiscito. O senhor concorda?

Penso que o Congresso é um público restrito, é perigoso dizer que ele representa o povo. E nossa postura como cristãos é convencer as pessoas daquilo que é certo, mas não obrigar. Se consultar o povo sobre o aborto e o povo quiser, Deus vai lamentar, mas o governante tem de respeitar.

A senadora Marina Silva diz ser contrária ao casamento gay. Essa também é uma posição da Assembleia de Deus?

Sim, é uma posição da Bíblia. Nós nos orientamos por ela. A Bíblia considera errada a homossexualidade. E muito errada. Chama isso de prática abominável aos olhos de Deus. Então nós temos de ser coerentes. Ou cremos na Bíblia ou não cremos.

Alguns cristãos não vão ter dificuldade de entender a posição de Marina a favor da união civil entre homossexuais? Ela vai perder votos entre eles?

Creio que sim. Muitas pessoas pouco esclarecidas vão deixar de votar nela por isso. Mas a postura dos outros candidatos é a mesma que a dela.

O senhor foi a favor do lançamento do nome de Marina como candidata à Presidência pelo PV?

Sim, havia questões discordantes, como em todo partido. Mas tem de se levar em conta que no Brasil estatuto de partido não vale nada, ideologia não existe. Então há duas coisas: primeiro, a bandeira do partido, do meio ambiente, coincide com a dela. Segundo, aquilo que é contrário aos princípios de Marina, ela se posicionou publicamente e conseguiu que o partido deixasse isso no âmbito de questões de consciência.

A igreja dá orientação aos fiéis sobre como votar?

Não dávamos, mas a partir deste ano vamos dar. Decidimos elaborar uma cartilha de orientação política. Ao escolher um candidato, o fiel deve considerar as posturas éticas dele, não vender o voto. São orientações para que o povo exerça a cidadania.

Importa se o candidato é evangélico ou não?

Se algum candidato se identifica como evangélico e vive como evangélico, deve ter nossa preferência.

É verdade que a Assembleia de Deus resolveu não apoiar Marina?

A Assembleia de Deus é segmentada. Tem um grupo grande, uns 30% da Assembleia de Deus, que já decidiu apoiar José Serra.

Não é contraditório que a Assembleia recomende o voto em evangélicos e uma parte da igreja já tenha fechado o voto por José Serra, que não é evangélico?

É uma contradição. Espero que nacionalmente não aconteça o apoio a outra pessoa que não seja a Marina, porque se acontecer é uma incoerência. Nós em Brasília não vamos cometer essa incoerência. Seja lá qual for a decisão que a comissão política nacional tome, aqui vamos apoiar Marina.

O que motiva o apoio da Assembleia de Deus a Serra?

Imagino que é a política do voto útil, de que não adianta votar em fulano porque fulano não vai ganhar. Acho isso uma pobreza de espírito. Prefiro crer que não há interesse político.

Assembleia costuma dizer que as mulheres devem usar saia, manter o cabelo comprido. Marina diz que segue estilo próprio quanto a isso. A igreja faz alguma recomendação?

Nossa igreja em particular tem uma postura mais liberal em usos e costumes. Não temos problema com mulher cortar o cabelo, se arrumar.

Tem diminuído a pressão desse tipo de regra na Assembleia de Deus?

Tem. É uma tendência nacional, uma questão de maturidade. Tem um texto bíblico que diz: “Não haja roupa de homem em mulher, nem roupa de mulher em homem”. Mas o que determina se uma roupa é de homem ou de mulher é a sociedade, e não a Bíblia.

Se Marina for eleita, ela vai ser a primeira mulher presidente do Brasil. Uma mulher em um cargo historicamente ocupado por homens desagrada aos cristãos da Assembleia de Deus?

Muitas igrejas evangélicas e mesmo algumas Assembleias de Deus interpretam que as mulheres não podem ter função de liderança. Mas estamos amadurecendo, está caindo a ficha. A opressão da mulher é consequência do pecado. Mas o Senhor Jesus veio restaurar a mulher do pecado. Então por que a mulher tem de ser inferior ao homem?

Fonte: Revista Época


segunda-feira, 28 de junho de 2010

OMG News: Aline Barros e Fernanda Brum no Domingão do Faustão


Este domingo (27) foi um dia muito especial e marcante para a música gospel brasileira. Pela primeira vez o programa Domingão do Faustão, da TV Globo, um dos programas de auditório de maior importância da televisão brasileira, abriu espaço para a música gospel, recebendo ao vivo Aline Barros e Fernanda Brum, cantoras exclusivas da MK Music.
Já nos bastidores do programa, a cobertura foi completa. Aline e Fernanda gravaram vídeos e entrevistas para o site do programa na Globo.com e participaram de uma brincadeira onde uma teve que responder peguntas sobre a outra. Antes de entrarem no palco, o pai de Aline, Pr. Ronaldo Barros, fez uma oração com todos os presentes no camarim, entre eles o Pr. Gilmar Santos, marido de Aline, a presidente da MK, Yvelise de Oliveira, a Diretora Administrativa Cristina Xisto e a Diretora da Rádio 93 FM, Andreia Maier.
Aline Barros abriu o quadro, intitulado Encontro Musical, cantando a música "Recomeçar", que fez parte da trilha sonora da novela Duas Caras, transmitida pela emissora em 2007 e 2008. Em seguida, Fernanda Brum cantou "Cura-me". A produção musical especialmente preparada para a atração foi do pastor e marido de Fernanda, Emerson Pinheiro, que estava no teclado.
Após as músicas, Faustão iniciou um bate-papo falando sobre a amizade das cantoras e sobre o preconceito que o gênero ainda sofre. Em resposta ao apresentador, Aline e Fernanda deixaram claro que a "música gospel é para todos, independente de religião. A mensagem do evangelho é transmitida através da música, que é o nosso meio de comunicação. Temos uma mensagem firme de vida, de paz, de família, de amor", explicaram.
Enquanto estavam no palco, a plateia do programa interagiu com perguntas. Aline Barros falou sobre o ministério infantil e Fernanda Brum contou que ao se converter aos 16 anos decidiu dedicar toda sua arte de música, teatro e harmonia somente a Deus. Faustão complementou dizendo que é necessário ter uma vida em função do que prega, viver a verdade. As cantoras explicaram também que a base para compor uma música gospel é a Bíblia. "Não existe censura, existe inspiração direcionada dentro de um assunto que é a Bíblia, que é enorme", completou Fernanda.
Para encerrar o momento musical, Fernanda e Aline cantaram a animada "Tudo é Teu", agitando a plateia. Faustão agradeceu a presença das cantoras e disse que "agora que abrimos a porteira, vocês vêm todo domingo". A repercussão da participação de Fernanda e Aline na atração já era enorme e se confirmou também no Twitter, com o nome das cantoras entre os assuntos mais comentados no microblog mundialmente, nos chamados "Trending Topics".
Vários celebridades brasileiras também comentaram e elogiaram a participação das cantoras como Ivete Sangalo, Preta Gil, Léo Moura (jogador do Flamengo), Rivaldo (jogador de futebol, ex-seleção brasileira), Perlla, Carla Perez. Certamente, é um novo tempo para a música gospel brasileira. Glória a Deus!
Clique aqui para conferir as fotos!



Fonte: MK MUSIC - www.mkmusic.com.br

OMG News: Brasil segue roteiro, vence o freguês Chile por 3 a 0 e avança às quartas



Time de Dunga consegue seu sexto triunfo consecutivo sobre o adversário, com gols de Juan, Luis Fabiano e Robinho, e agora encara a Holanda.
Freguesia é coisa para ser respeitada, e o Brasil manteve sua tradição diante do Chile na noite desta segunda-feira no estádio Ellis Park, em Joanesburgo. Mesmo desfalcado de Felipe Melo e Elano, machucados, a seleção venceu pela sexta vez seguida o rival, o maior freguês desde que Dunga assumiu o cargo, em 2006. Os 3 a 0 sobre a equipe do argentino Marcelo Bielsa garantiram os brasileiros nas quartas de final da Copa da África do Sul.


Robinho desencanta na Copa do Mundo e fecha o placar no Ellis Park: 3 a 0 para o Brasil (Foto: Reuters)

A receita verde-amarela para ganhar foi bem conhecida: bola parada na cabeçada de Juan, contra-ataque mortal para Luis Fabiano marcar e, para completar, gol de Robinho após roubada de bola de Ramires. Foi a oitava vez que o atacante do Santos balançou as redes chilenas, igualando-se a ninguém menos que Pelé como maior carrasco do adversário. Ele foi eleito o melhor em campo em votação no site da Fifa.

O terceiro triunfo sobre o Chile em jogos decisivos de Copa (os outros foram na semifinal em 1962 e nas oitavas em 1998) pôs a equipe de Dunga frente a frente a outro rival conhecido, a Holanda. A quarta partida entre os países em Mundiais será na sexta-feira, às 11h (de Brasília), em Porto Elizabeth, no estádio Nelson Mandela Bay.

Quatro minutos de susto. E só

Os primeiros quatro minutos de jogo deram a impressão de que o Chile colocaria na prática a formação ofensiva que apresentou no papel - com Beausejour, Alexis Sánchez, Mark González e Suazo. Foi o período do jogo em que o Brasil esperou em seu campo defensivo, viu o adversário tocar a bola e teve apenas 27% de posse de bola. Um contra-ataque mal aproveitado por Luis Fabiano, com um chute fraco e para fora, mudou o panorama.

A partir de então, o Brasil tomou para si a iniciativa do jogo e teve pela frente um adversário que se limitou a defender. Com boa movimentação no meio-campo, o time de Dunga encontrou espaços com facilidade, mas falhou nas tabelas, interrompidas por erros de passe. Os chutes de fora da área, que em princípio pareciam uma opção a mais, transformaram-se na principal arma ofensiva nos primeiros 30 minutos. Gilberto Silva e Ramires arriscaram, colocando Bravo para trabalhar um pouco.

Na defesa, no entanto, os volantes pouco ajudavam na saída de bola, obrigando Julio Cesar e os zagueiros a apelarem para chutões para frente. O Brasil reclamou de um pênalti em Lúcio, mas conseguiu abrir o placar quando tentou consertar um dos seus erros, a pouca iniciativa pelas pontas. Numa rara jogada de linha de fundo, Maicon conseguiu escanteio que ele mesmo cobrou. Protegido por Lúcio e Luis Fabiano, Juan saltou e cabeceou, vendo a bola passar sobre a mão do baixinho Bravo (de 1,83m) e fazendo 1 a 0 aos 34 minutos. Foi seu sétimo gol pela seleção, o quarto sobre o Chile.

A seleção aproveitou a vantagem e se manteve no ataque, chegando ao segundo gol três minutos depois. Se abriu 1 a 0 em um lance de bola parada, fez 2 a 0 em outra especialidade desse time: o contra-ataque. Robinho correu pela esquerda e encontrou Kaká no meio, na entrada da área. Com apenas um toque, típico do camisa 10, ele deixou Luis Fabiano na cara do goleiro. O atacante, que um minuto antes se atrapalhara sozinho em um toque de calcanhar, driblou Bravo com estilo e fez seu terceiro gol nesta Copa. O jogo, complicado até os 34 minutos, chegou ao intervalo com boa vantagem no placar para a seleção.

Ramires ajuda no gol, mas leva amarelo

O Chile fez duas alterações para a segunda etapa, entrando Tello e Valdivia nos lugares de Contreras e González. Mas a postura continuou a mesma, de excessivo respeito. O time de Marcelo Bielsa não se jogou ao ataque e sofreu com erros de passe no meio-campo, problema compartilhado pelo Brasil, que com isso teve dificuldade para aproveitar os espaços fartos. Kaká, que não esteve numa noite inspirada, apesar da assistência, errou passe fácil aos sete minutos, o que deixaria Robinho na cara do gol.

Se não estava tão fácil construir jogadas, o melhor jeito de chegar ao gol foi destruindo. Ramires roubou bola no meio-campo e acelerou em direção à área, livrando-se de dois marcadores e desviando a bola do terceiro, dando passe para Robinho. O atacante chutou e tirou a bola do alcance do goleiro, fazendo 3 a 0 aos 14 minutos. Desencantou no Mundial na África do Sul, marcando seu primeiro gol.

Com uma vantagem tranquila no placar, diante de um adversário que não ameaçava, o Brasil tinha a preocupação principal de não ter um jogador suspenso para as quartas de final. Fracassou nessa missão. Ramires fez falta dura e desnecessária e recebeu seu segundo cartão amarelo na competição. Quatro minutos depois, Dunga resolveu mexer no time pela primeira vez, trocando Luis Fabiano - outro pendurado - por Nilmar.

Num jogo morno nos últimos 20 minutos, o Brasil ainda teve boa chance de marcar o quarto gol, mas Bravo fez defesa em chute cruzado de Robinho. E Julio Cesar enfim entrou em ação, aos 29 minutos, em jogada individual do isolado Suazo, que em outro lance chutou uma bola que quicou no travessão. Sem muito com o que se preocupar, Dunga promoveu a estreia de dois jogadores, Kleberson e Gilberto, que substituíram Kaká e Robinho, respectivamente.

Fonte: Globo.com

OMG News: Flamengo anuncia afastamento de Bruno durante investigação policial

Goleiro estaria envolvido em desaparecimento da estudante Eliza Samudio. Segundo repórter da rádio Globo, Bruno disse que "no futuro vai rir disso tudo".

Rodrigo Benchimol
Do Globoesporte.com

A diretoria do Flamengo decidiu afastar o goleiro Bruno das atividades enquanto o caso envolvendo o jogador e o desaparecimento da estudante Eliza Samudio estiver sendo investigado. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (28) pela presidente do clube, Patricia Amorim. Bruno esteve na Gávea pela manhã e entrou pelas portas dos fundos da Gávea. Ele foi flagrado pelo repórter Cláudio Perrout, da Rádio Globo. Não quis gravar entrevista, mas disse estar "com a consciência tranquila".

"No futuro , vou rir disso tudo", afirmou ao jornalista.

Pouco depois, Patricia Amorim declarou que o atleta ficará afastado dos treinos do Flamengo com o restante dos jogadores.

"O Flamengo lamenta profundamente o ocorrido com um de nossos atletas. Entrego ao departamento jurídico as normas que o clube vai adotar. Entendemos o momento delicado para o clube, mas é um problema particular do jogador. O Flamengo entende que não tem competência para julgar qualquer situação, e tão logo aconteça esse julgamento da Justiça o Flamengo tomará, com tranquilidade, as medidas cabíveis. Só podemos dizer que ele fica afastado do grupo que vai para Itu, e permanece treinando no Ninho do Urubu", disse a presidente.

Bruno não participou do treino na manhã desta segunda-feira, na Gávea. A atividade estava marcada para começar às 9h (horário de Brasília), mas o goleiro só chegou ao clube por volta de 10h40. Segundo a assessoria de imprensa rubro-negra, o atraso aconteceu porque o jogador se confundiu e foi para o Ninho do Urubu. O jogador ficou apenas cerca de 20 minutos no clube.


Confira outras polêmicas com jogadores do Flamengo:


Episódio da Chatuba:


Em 5 de março, após Adriano faltar a um treino, o então vice de futebol Marcos Braz informou que o jogador estava ausente por problemas ?conhecidos e notórios?. Pouco depois, veio à tona que o Imperador havia protagonizado uma confusão na favela da Chatuba (Zona Norte do Rio). Acompanhado por alguns jogadores, o atleta participou de um baile funk em uma quadra poliesportiva na comunidade. Porém, eles não contavam com a presença de Joana Machado, ex-noiva do atacante. Alterada, ela ofendeu os atletas e chegou a atirar pedras e atacar o carro de Adriano e de outros três jogadores. O episódio, na época, afastou o atacante das partidas contra Resende, pelo Campeonato Carioca, e Caracas, pela Libertadores.
Pouco mais de dois meses depois, o jogador voltou a ter o nome envolvido em confusão. Adriano foi intimado a falar sobre um suposto envolvimento com a quadrilha de Fabiano Atanásio, o FB, chefe do tráfico da Vila Cruzeiro, no subúrbio do Rio de Janeiro. O promotor de Justiça Alexandre Temístocles chegou a dizer em nota, inclusive, que era favorável ao pedido de quebra de dados cadastrais da linha telefônica e do sigilo bancário do jogador.

Vagner Love e a Rocinha:

O outro ícone do Império do Amor também não escapou das investigações da polícia. Em imagens divulgadas pelo Fantástico em março, Vagner Love apareceu em um baile funk na favela da Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro, escoltado por traficantes armados. Na ocasião, o jogador negou que tivesse envolvido com os homens que aparecem na imagem, mas disse que não se arrependia de ter ido ao local.

Porque o jornalista Juca Kfouti, ateu confesso, não fala desses desvios de conduta que certos jogadores tem por habito, dando mal exemplo a milhares de pessoas e deixa de se preocupar com pessoas tementes a Deus e que tem uma vida regrada e de bons exemplos, manifestando com apenas os braços levantados em respeito e agradecimento a Deus.

Será que o Juca assumiu o marketing de José Saramago?


Jornal Movimento Gospel

sábado, 26 de junho de 2010

OMG News: Filme evangélico estrelado por Kaká tem estreia mundial neste domingo


O meia Kaká irá promover neste domingo, na cidade de Johannesburgo, na África do Sul, a estreia mundial de um vídeo religioso estrelado e produzido por ele mesmo, chamado "Kaká - Este é o ritmo do meu jogo", no qual o camisa 10 da Seleção Brasileira declara a sua fé e diz que "todos têm a necessidade de uma liderança, de condução, de saber para onde ir".

Um trailer do filme foi distribuído nesta sexta. "Eu creio que Deus tem um propósito pra vida de cada um de nós. E acredito que o meu é pelo esporte, pelo futebol, levar o nome de Jesus Cristo", diz o jogador na capa do DVD.

O atleta do Real Madrid costuma comemorar seus gols apontando para cima, agradecendo a Deus. Em 2007, doou o prêmio recebido da Fifa de melhor jogador do mundo para a Igreja Renascer, onde se casou dois anos antes. Além disso, tem mensagem religiosa nas suas chuteiras personalizadas.

A fé de Kaká virou motivo de discussão recentemente. Na última terça, em entrevista na concentração brasileira, ele afirmou que o jornalista Juca Kfouri tem lhe criticado não por motivos profissionais, mas por causa da sua pregação de fé.

O jogador não pôde enfrentar a seleção portuguesa nesta sexta por estar cumprindo suspensão pelo cartão vermelho recebido contra Costa do Marfim, e acompanhou o empate sem gols das tribunas do estádio. Com o resultado, o Brasil avançou às oitavas de final do Mundial.

Fonte: Terra

sexta-feira, 25 de junho de 2010

OMG News: Dez anos depois do reconhecimento oficial dos cursos de teologia

Das pregações campais de Jesus, passando pelas reuniões subterrâneas dos primeiros cristãos até os nossos dias, a forma de instruir os fiéis a respeito dos assuntos relacionados ao Reino de Deus mudou, institucionalizou-se e chegou às portas do Estado. Do didaqué às modernas salas de aula dos seminários, o que antes era motivo de perseguição e alvo de sussurros agora virou pauta de discussões e leis governamentais. Durante muito tempo menosprezado pela academia secular, o ensino teológico cristão ganhou no Brasil tônus oficial, com o reconhecimento, pelo governo federal, de dezenas de cursos de educação religiosa que se submeteram às exigências estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC) e ganharam status de instituições de nível superior. Antiga reivindicação dos estudantes de teologia, que se sentiam discriminados pelo poder público, essa oficialização, que acaba de completar dez anos, tem promovido profundas mudanças, mas ainda não eliminou alguns temores – como o de que a validação dos diplomas poderia prejudicar o caráter espiritual da transmissão do saber teológico.

Em meio aos debates sobre as vantagens desse reconhecimento, boa parte dos teólogos, professores, líderes denominacionais, representantes de instituições religiosas e alunos ainda não têm opinião consolidada. A gênese da questão foi a adoção do Parecer 241/99. Ali, o Conselho Nacional de Educação (CNE) estabeleceu o caráter universitário do curso teológico e a possibilidade de sua aceitação como tal. Na última década, muitas instituições buscaram o aval junto ao MEC. Atualmente, há 102 cursos de teologia, de diferentes linhas religiosas, com o selo oficial, segundo o site do Ministério (a lista completa está em http://emec.mec.gov.br/, digitando-se teologia). Desses, 43 são evangélicos. A quantidade oscila devido ao constante acréscimo ou descredenciamento de instituições, uma vez que as exigências são renovadas anualmente.

Como a conquista é ainda recente, a maioria dos especialistas prefere um discurso mais ponderado em lugar do entusiasmo. Mas é notório que a oficialização dos cursos conquista bem mais simpatia do que repúdio nos círculos acadêmicos evangélicos. “Hoje não há mais opção – a necessidade de credenciamento das faculdades e cursos de teologia é uma realidade não apenas inevitável, mas obrigatória por lei”, sentencia o diretor geral da Faculdade Teológica Batista de São Paulo (SP), Lourenço Stelio Rega. “O governo atendeu uma demanda que existia no nosso meio há muito tempo”. O professor, que também é pastor batista, destaca os benefícios disso para o corpo discente: “O aluno que se forma num curso oficializado tem a prerrogativa de ser reconhecido para continuar seus estudos em outros níveis, trazendo melhores condições para servir no ministério”. Na mesma direção vai Carlos Osvaldo Pinto, reitor do Seminário Bíblico Palavra da Vida, em Atibaia (SP): “A ideia do reconhecimento é boa, pois permite às escolas evangélicas a busca da excelência na formação de seus alunos”, opina

Aperfeiçoamento técnico – O papel de avaliador para cursos de teologia do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), somado ao de diretor da Faculdade Teológica Sul-Americana de Londrina (PR), dá ao pastor presbiteriano Jorge Henrique Barro uma visão privilegiada sobre o assunto. Com a experiência de quem já avaliou muitas escolas teológicas por meio do Inep, autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação, Barro tem opinião favorável ao reconhecimento governamental. “Esse processo traz muitos benefícios para a escola. Melhora as condições técnicas do curso, como o projeto pedagógico e o plano de desenvolvimento institucional, bem como a biblioteca, o corpo técnico-administrativo e o próprio alunado”, avalia.

No entender do educador, uma escola que passa por esse teste cresce e se desenvolve com mais consciência educacional. “Torna-se uma instituição dirigida por gente melhor preparada para inseri-la no contexto federativo de ensino”, pontua. É justamente na questão da inserção da Igreja e de suas instituições de ensino no mundo que a cerca que o presidente da Associação de Seminários Teológicos Evangélicos (Aste), pastor Manoel Bernardino Filho, vê os maiores avanços com as novas legislações. Além do aperfeiçoamento técnico de escolas e alunos, ele também enxerga benefícios sociais no processo: “Por que buscar o reconhecimento? Porque a Igreja não é um gueto; é uma comunidade que precisa viver a cidadania, cujos membros devem estar inseridos de modo sadio na sociedade”, defende.

A questão do reconhecimento dos cursos de teologia segue uma tendência mundial, embora por meio de modelos diferentes. Nos Estados Unidos, são agências de cunho evangélico autorizadas pelo governo – como a Association of Theological School (ATS) e a Association of Biblical High Education (ABHE) – que dão a chancela aos seminários, mediante exigências severas. Em grande parte da Europa ocidental, como na Alemanha, a teologia é curso superior reconhecido, sempre ligado a uma universidade. Já no restante da América Latina, acontece o mesmo processo de oficialização que ocorre atualmente no Brasil. “Pode-se dizer que o movimento iniciado no final dos anos 1990 é irreversível e atinge todo o continente”, afirma Bernardino.

Por aqui, as primeiras escolas teológicas reconhecidas foram as católicas, especialmente as Pontifícias Universidades (PUCs). Além delas, já há cursos oficializados entre presbiterianos, metodistas, luteranos e assembleianos. Sendo a teologia uma área do conhecimento já reconhecida pelo MEC, os direitos e as regras advindas da oficialização são iguais para estabelecimentos de ensino ligados a todos os credos. E a diversidade religiosa do país faz com que outras confissões também estejam buscando seu lugar ao sol no panorama acadêmico nacional – caso de um curso de bacharelado em teologia espírita kardecista, em Curitiba (PR), e da Faculdade de Teologia Umbandista, em São Paulo. Nesta última, disciplinas como liturgia afro, botânica umbandista e administração de terreiros compõem a grade, que está sendo avaliada pelo MEC.

Confessionalidade – A sedução oferecida pelo status de nível superior derruba até mesmo um aspecto que, historicamente, causa calafrios em qualquer cristão: a influência do Estado sobre assuntos da Igreja. Afinal, desde Constantino I, o imperador romano que inseriu o cristianismo na esfera de poder a partir de 313 a.D., a miscigenação de governo religioso e eclesiástico tem provocado desastres teológicos, contaminação da fé e esfriamento espiritual. Porém, a possível ingerência do Ministério da Educação sobre os currículos dos cursos religiosos não parece incomodar tanto o pessoal da área. “Não vejo conflito de interesse nisso, porque eles passam pela avaliação de uma equipe de especialistas altamente credenciados para tanto”, endossa o pastor presidente da Igreja Evangélica Luterana do Brasil, Paulo Moisés Nerbas. Ele fala com conhecimento de causa, já que foi coordenador do primeiro curso de teologia protestante a ser reconhecido oficialmente no Brasil, o da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), sediado na cidade gaúcha de Canoas.

No entender de Nerbas, o reconhecimento vai ao encontro dos desejos das igrejas que mantêm instituições de ensino sérias e idôneas. “Essa legitimação oficial divulga a teologia no mundo acadêmico e atesta a seriedade, a integridade e a confiabilidade de um curso”, enumera. “Além disso, confere aos ministros religiosos um diploma que lhes abre portas de acesso muito interessantes, profissionalmente falando”. Por essa razão, o professor vê com bons olhos as exigências do governo para a adequação das escolas. “É um processo sadio”, afirma.

“O MEC não está preocupado com a questão da confessionalidade, mas com a qualidade das escolas e dos cursos oferecidos”, faz coro Manoel Bernardino. “É preciso dizer que o governo não reconhece um seminário, e sim o curso de teologia. Para isso, o seminário precisa criar uma faculdade dentro de sua estrutura”. Até o momento, de fato, não há interferência direta do governo no conteúdo do que tem sido ministrado nas salas de aula dos seminários. O Parecer 241/1999 é taxativo: “Os cursos de bacharelado em teologia sejam de composição curricular livre, a critério de cada instituição, podendo obedecer a diferentes tradições religiosas”. Noutras palavras, quem define de fato os critérios a serem seguidos são as próprias instituições de ensino, salvaguardando assim sua visão institucional e denominacional (ver quadro).

“Se uma escola é de linha pentecostal, continuará sendo pentecostal. E nenhum seminário batista, por exemplo, precisa temer ter de se tornar presbiteriano”, continua o pastor Jorge Barro. Implantado ano passado, o Parecer CNE-CES 118/09 – elaborado por pessoal externo à área teológica, e que ainda não foi homologado – diz apenas que um currículo teológico deve atender a seis eixos: filosófico, metodológico, histórico, sócio-político, linguístico e interdisciplinar. Mas representantes evangélicos, como o professor Lourenço Rega, estão justamente no meio de um diálogo sobre ajustes e aperfeiçoamentos nesse Parecer com o ministro da Educação, Fernando Haddad – e, segundo ele, as autoridades do setor têm se mostrado receptivas.

“Febre descontrolada” – Em artigo publicado na revista católica Ciberteologia (Paulinas), o professor de teologia e ex-vice-reitor comunitário da PUC-SP João Décio Passos afirma que o Parecer 118/09 significa um “avanço técnico” em relação aos anteriores. Segundo o especialista, a norma fornece parâmetros objetivos, que superam os de natureza unicamente formal até agora em vigor. Um deles, explica, é a exigência de um “perfil científico” dos bacharelados, de maneira análoga ao que já se observava nas graduações em ciências humanas. “A sua natureza normativa mantém, contudo, sob suas orientações, um senso comum em relação à teologia – ao que parece, ainda dominante no Conselho Nacional de Educação – de que ela é uma ‘coisa de Igreja’, constituída, portanto, por um universo de significados de fé sobre o qual o Estado não pode emitir nenhum parecer”, explica. Passos defende que cabe ao Ministério da Educação a função de legislar, mas sem entrar no mérito das opções de fé a que se relacionam.

Mas onde fica, nessa nova ordem, o caráter ministerial do ensino teológico? Para o presidente da Associação Evangélica de Educação Teológica na América Latina (Aetal), Márcio Matta, o credenciamento traz algumas desvantagens. Entre os problemas, estaria a desvirtuação da função histórica das escolas cristãs – “Afinal”, lembra, “elas foram criadas a fim de formar obreiros exclusivamente para ajudar a Igreja a cumprir sua missão”. Ele insiste na tese da separação entre Igreja e Estado: “Num primeiro momento, não há por que buscar o reconhecimento oficial para nossos cursos teológicos”, sustenta.

Para o presidente da Aetal, no entanto, é o próprio desenvolvimento técnico e acadêmico dos seminários que desencadeia essa aproximação. “À medida que inserimos matérias como psicologia, sociologia e filosofia em nossas grades, gera-se uma demanda natural para o reconhecimento do governo para este novo currículo”, observa. Esse fenômeno provocaria o que Matta classifica de uma “febre descontrolada” pela busca do reconhecimento, motivada pelos benefícios materiais que ele proporcionaria aos formandos – entre eles, a habilitação para o magistério de nível superior e a possibilidade de acesso a cargos públicos com exigência de graduação em terceiro grau.

O professor Neander Kraul, reitor do Seminário Bíblico Betel, no Rio de Janeiro, mostra-se bastante cético com relação aos benefícios do reconhecimento pelo sistema educacional nacional. “As evidências dão conta de que a Igreja praticamente nada ganhou com o reconhecimento, se o objetivo último dos seminários ao ofertar cursos de teologia for o de servir a Igreja”, ressalta. “Ao nivelarmos pura e simplesmente essa área de formação com as demais, passamos a admitir a teologia como campo profissional e derrubamos nosso antigo discurso de que pastores não são profissionais”, alerta. Ele vai além, e enxerga como “algo maligno” o que considera uma inquestionável ingerência do governo sobre as atividades educacionais cristãs. “O Estado passa a ditar o que é ‘religiosamente correto’. Ganhamos terreno numericamente, mas perdemos voz e influência quando se trata da verdade.”

Neander, que também é pastor, critica o nivelamento da verdade bíblica com todas as expressões religiosas. “Neste sentido, padronizar uma estrutura na qual se encaixe uma pretensa liberdade curricular é um detalhe sintomático”. Segundo ele, o segmento protestante é capaz, por si só, de desenvolver indicadores de qualidade e desempenho para nortear o trabalho dos seminários. “Sempre tivemos instituições sérias, que lutam na promoção de uma educação teológica de excelência”, lembra, acrescentando que esse ensino não pode ser visto como mais um nicho de mercado. Sobre a oficialização dos cursos teológicos, o reitor prefere lembrar o que já aconteceu no passado: “Algumas dessas iniciativas naufragaram”, aponta, “e outras estão fazendo muitos seminários que não querem ou não podem aderir ao novo modelo pecar, recorrendo a mecanismos moralmente escusos. Se tirarmos Deus do processo, como estão fazendo, tudo perde o sentido. A questão fundamental que levanto é de cunho ideológico, considerando nossa realidade histórica”, conclui.

Qualificação – A bem da verdade, ao longo destes dez anos, os seminários que já conquistaram o reconhecimento têm servido de laboratório. Por um lado, atender às exigências oficiais é custoso e exige muito investimento. Por outro, não se verificou uma corrida de novos alunos. Os dirigentes não detectaram aumento no número de matrículas por conta da novidade, e nem houve redução. Todavia, um efeito é notório: em muitas instituições, houve um sensível incremento na qualidade do ensino e na qualificação do corpo docente – o que é positivo para os alunos e, por tabela, para as igrejas, que receberão, em tese, obreiros melhor preparados.

O problema é que a necessária qualificação dos professores para atender às novas normas custou a alguns deles seus cargos. “Se muitos dos antigos mestres não acompanharem a evolução do ensino, não há como mantê-los”, reconhece o presidente da Aste. O que não significa, no entanto, que eles precisam ser necessariamente dispensados. “A instituição também pode investir nesse pessoal em outras áreas funcionais”, argumenta Márcio Matta. “Se você pleiteia uma função, precisa se preparar para ela, atender aos requisitos estabelecidos. Nenhum professor precisa ser dispensado, a não ser que ele próprio se desligue por julgar que não precisa de titulação”, concorda Manoel Bernardino.

No Seminário Teológico Escola de Pastores, ligado à Igreja Presbiteriana Betânia, o assunto suscita bem menos polêmica. Alunos e professores saúdam o reconhecimento oficial dos cursos teológicos como um avanço. “Acredito que tem havido rumores infundados, visto que a intervenção do MEC não se dá em dimensões confessionais, mas em aspectos estruturais, acadêmicos ou pedagógicos, o que é um ganho para as instituições”, explica o diretor geral Luiz Vanderley Vasconcelos de Lima. Ela e a diretora acadêmica Maria Cristina Vidal entendem que a preocupação do Conselho Nacional de Educação é a de assegurar que o ensino da teologia tenha as características próprias de um curso de nível superior. “Teologia se faz com reflexão crítica e interdisciplinar”, aponta Lima, “mas sem abrir mãos dos joelhos que se dobram em oração. E nem o Ministério, e nem ninguém, pode nos tirar isso”, vaticina.

Fonte: Cristianismo Hoje

OMG News: Comunhão portenha...O Conselho de pastores é um instrumento inovador de evangelização, ação social e socorro mútuo

Aquele último culto, num domingo de 2007, foi marcado pela desolação dos membros. Às vésperas de fechar as portas, o líder da pequena igreja pentecostal escreveu um e-mail para o colega Norberto Saracco pedindo oração. A congregação perderia seu templo em Buenos Aires, a capital argentina, a menos que pagasse o equivalente a 25 mil dólares para resolver um processo legal de longa data em relação à propriedade. Parecia não haver saída, pois o valor equivalia a quase um ano de arrecadação da igreja. Saracco, da Igreja Boas Novas e integrante do Conselho de Pastores da cidade, fez as orações pedidas e algo mais. Ele enviou a seguinte resposta: “Não podemos permitir que uma igreja feche em Buenos Aires”. Dois dias depois, pastores de várias denominações haviam doado o dinheiro necessário. “Quando dizemos que há somente uma Igreja em Buenos Aires, estas são as consequências“, explica Saracco. “Se queremos uma Igreja forte na cidade, cada igreja local tem que ser forte também”.

As palavras do religioso expressam o espírito daquela que é hoje, talvez, a maior experiência de unificação de igrejas de uma grande cidade em todo o mundo. Em um país sem forte tradição evangélica, a Igreja argentina tem visto uma iniciativa pouco comum: uma tentativa de unificação. Não se pretende montar uma única megaigreja onde todos congreguem, mas sim, resgatar um conceito bíblico simples, o da unidade em Cristo. “Toda vez que o Novo Testamento fala da igreja em uma cidade, como Éfeso ou Corinto, é sempre no singular, não no plural”, diz Carlos Mraida, pastor da Primeira Igreja Batista do Centro de Buenos Aires. “Entretanto, quando o Novo Testamento fala de liderança em uma cidade, é sempre no plural. A igreja é singular, mas a liderança é plural”.

Pluralidade tem sido mesmo a palavra de ordem entre cerca de 150 igrejas evangélicas da Grande Buenos Aires, um aglomerado urbano com 13 milhões de habitantes. Desde que foi montada, a entidade tem atraído cada vez mais líderes. Os pastores reúnem-se mensalmente para orar, confraternizar, traçar planos de ação comum e, se for o caso, socorrer-se mutuamente. Não é preciso abrir mão das próprias convicções, nem existe qualquer patrulhamento teológico. Pentecostais convivem com históricos na maior harmonia. “Estamos de acordo apenas sobre os elementos centrais, como a Trindade, a morte de Jesus na cruz e sua segunda vinda, por exemplo”, explica Juan Pablo Bongorrá, pastor da Igreja Portas Abertas. Os quase 200 membros do Conselho de Pastores de Buenos Aires continuam a divergir sobre temas como o divórcio, batismo pelo Espírito Santo e formas de realizar o culto. “Aceitamos a diferença como uma riqueza. Seria ruim se todas as igrejas fossem iguais. Imagine se Deus tivesse criado apenas um tipo de flor, como isso seria chato”, compara.

Ao invés disso, as igrejas ligadas ao órgão estão fazendo trocas importantes. “Hoje, as igrejas mais tradicionais estão ajudando as congregações avivadas a fazer mais trabalhos sociais, e estas incentivam aquelas a realizar mais trabalhos evangelísticos”, explica o pastor, que é um dos cinco dirigentes do Conselho. O resultado é uma força conjunta capaz de influenciar mais a sociedade argentina, já que conselhos semelhantes têm se reproduzido em outras regiões do país. Foi assim em novembro do ano passado, quando os evangélicos uniram-se para confrontar o governo e o legislativo na questão do casamento gay, e na recente crise econômica do país. “O mais importante é a mentalidade de que a unidade é um processo contínuo, não um evento”, acredita Mraida.

Reconciliação – Inicialmente, os crentes portenhos – como são conhecidos os moradores da cidade – tentaram iniciar um movimento de unidade após a cruzada que o evangelista americano Billy Graham realizou ali, em 1962. Anos depois, outra cruzada, desta vez do pregador Luis Palau, em 1977, encetou algumas iniciativas naquela direção, mas sem sucesso. Não que houvesse contenda entre os crentes – “as igrejas aqui nunca foram hostis ou competitivas”, garante o pastor Bongorrá –, mas cada igreja estabelecia e perseguia seus próprios objetivos. Um novo espírito de unidade surgiu no início dos anos 1980, quando centenas de cidades formaram conselhos de pastores, alguns com mais de mil membros. O de Buenos Aires foi montado em 1982 por Bongorrá, Saracco e Mraida, junto com o carismático pastor Jorge Himitián e o ministro batista Pablo Medeiros. “O ponto de partida foi criar e desenvolver a amizade entre os pastores”, diz Saracco, “já que é mais fácil unir pessoas do que denominações”.

Uma das primeiras ações do grupo foi a reconciliação sobre os erros do passado recente. A Argentina engatinhava na redemocratização, após a sangrenta Guerra Suja da década anterior, período em que os militares governaram o país com mão de ferro, e o trauma do conflito contra o Reino Unido pela posse das ilhas Malvinas. “O tumulto político no país criou uma profunda divisão entre as igrejas que defendiam os direitos humanos e aquelas que permaneceram em silêncio”, diz Saracco. O ponto alto foi um grande evento no qual o Conselho pediu aos dois lados para perdoarem um ao outro em frente aos 250 mil congregados. O ato teve um efeito purificador.

Quando ficou claro que uma estrutura formalizada, com cargos tradicionais e instâncias administrativas, levaria o grupo à inação, os pastores optaram por outra tática. “Mudamos a mentalidade”, lembra Bongorrá. “Resolvemos trabalhar como igreja e nos concentrar nos dons espirituais”. O movimento de unidade logo mudou o foco da ideia de uma simples comunhão entre pastores para o conceito de “igrejas ajudando igrejas”. Quando uma Igreja Anglicana foi forçada a encerrar seu programa de Escola Dominical em 2008 por falta de professores, levando a um êxodo de famílias, a congregação pentecostal liderada por Saracco enviou quatro voluntários para executar um programa de educação bíblica. Noutra ocasião, um pastor do subúrbio pediu socorro porque o colégio que a igreja mantinha estava na bancarrota. Em resposta, o Conselho uniu-se para pagar dívidas com impostos e salários dos professores.

A estrutura flexível é considerada uma das chaves para o sucesso. Outra é ter algo para fazer em unidade. “Durante muitos anos, não tínhamos um projeto comum”, diz Bongarrá. “Agora, os pastores estão se juntando cada vez mais a nós – porque é bom orar juntos e ter um bom tempo de comunhão –, mas, também, porque as pessoas estão mais felizes por terem algo para fazer em unidade, um objetivo comum”. O trabalho do Conselho da capital tem chamado a atenção. A Aliança Cristã de Igrejas Evangélicas da República Argentina (Aciera) fez uma convocação para que todos os conselhos de pastores de outras cidades e províncias do país comparecessem a um evento no Seminário Batista de Buenos Aires em abril. Ali, os pastores portenhos falaram de sua experiência.

“Paradigma bíblico” – Mas o desafio é grande. Embora num ritmo bem menor que o brasileiro, as igrejas também estão crescendo numericamente na Argentina. Hoje, a quantidade de evangélicos do país chega a 3 milhões de pessoas (pouco menos de 10% da população), a maioria, pentecostais. “Apesar disso, o Reino de Deus não tem sido estabelecido”, preocupa-se o pastor Carlos Mraida. “A cidade fora dos muros da igreja está muito pior em quase todos os quesitos espirituais e seculares”, reconhece. Ele conta que, ao longo de seus 24 anos de ministério, viu que, quando cada um cuida de fazer só o próprio trabalho, o avanço é modesto. “Jesus disse que uma única exigência para vermos o avivamento é que sejamos um, a fim de que o mundo creia, conforme João 17. Temos que voltar a um paradigma bíblico.”

Nos últimos quatro anos, Mraida tem convidado pastores de diferentes denominações para servir mensalmente a Ceia do Senhor na sua congregação. Ele mesmo já foi beneficiário da mutualidade que ajuda a fomentar. Quando a Igreja Batista que dirige estava construindo um novo santuário, a Igreja Visão do Futuro, do pastor Omar Cabrera, localizada a apenas 10 quarteirões, contribuiu com 70 mil pesos (cerca de R$ 35 mil em valores de hoje) para compra de cimento. “Indagaram-me porque estávamos ajudando a construir outra igreja tão perto de nós”, lembra Cabrera. “Respondi simplesmente que estávamos no mesmo time”.

Ultimamente, as prioridades do Conselho de Pastores têm sido a oração e a evangelização. Em junho de 2008, a entidade organizou a primeira campanha de 40 dias de oração, encerrada com uma vigília de três noites ao ar livre, em frente ao Congresso do país. Ano passado, a coisa se repetiu, e em 2010 estendeu-se para cinquenta dias, a partir da Páscoa. Agora, está em pleno andamento uma mobilização para que os crentes portenhos assumam uma responsabilidade espiritual por sua cidade. Voluntários concordaram em orar por cada um dos 12 mil quarteirões da Região Metropolitana. Periodicamente, eles percorrem as ruas distribuindo folhetos e falando de Jesus aos moradores.

Hoje, o Conselho já possui sete mil quarteirões cobertos por voluntários de 100 igrejas locais, e os pastores estão confiantes de que, até o fim do ano, toda a Grande Buenos Aires estará debaixo de oração e ação evangelística. Outra campanha promove os valores cristãos através da veiculação de mensagens temáticas, tendo como base o slogan “A Argentina que Deus quer é possível com Jesus Cristo”. A cada duas semanas, as mensagens são divulgadas através de jornais, rádios, outdoors e panfletos. Muitos pastores reforçam os anúncios atrelando seus sermões ao tema de cada semana. Os custos são cobertos por um pool de igrejas dirigidas pelos pastores do Conselho. As congregações têm sido tão entusiastas que as ofertas para o órgão – normalmente inferiores a dois mil pesos por mês – totalizaram a espantosa quantia de 750 mil pesos (R$ 375 mil) em cinco meses.

Originalidade – O último exemplo de evangelização unificada de toda a cidade foi o envio, em fevereiro deste ano, de missionários para a África do Norte, representando toda a Igreja de Buenos Aires. Trata-se de uma outra inovação, já que até então os obreiros transculturais eram enviados por igrejas locais ou agências missionárias. “Esse envio unificado é um modelo para viabilizar a obra missionária e torná-la possível para a realidade econômica da América Latina”, elogia o presidente internacional da Cooperação Missionária Iberoamericana (Comibam), David Ruiz. “O sucesso em Buenos Aires vem em um momento em que os grupos tradicionais de unidade da América Latina – como a Confraternidade Evangélica Latinoamericana e o Conselho Latinoamericano de Igrejas – estão em vias de extinção ou perda de relevância.”

Atual diretor-adjunto Comissão de Aliança Missionária Evangélica Mundial, Ruiz acredita que o Conselho de Buenos Aires é um órgão muito original. “A maioria das alianças evangélicas estão enfrentando uma crise de identidade, e esta entidade está trazendo uma alternativa para a unidade da Igreja no continente”. O líder teológico René Padilla, presidente emérito da Fundação Kairós de Buenos Aires, diz que a iniciativa representa o novo. Embora reconheça a importância do trabalho, ele observa que sua influência ainda não se faz sentir fora da cidade. “Ainda existem grandes divisões entre os grupos de igrejas principais e conservadoras”, aponta. “Há sinais encorajadores de pessoas se relacionando entre as denominações, mas ainda há um longo caminho a percorrer”.

Contudo, Norberto Saracco e seus companheiros de ministério parecem não ter pressa. “A nossa visão e nossa tarefa são uma questão de fé. Estamos conscientes das nossas diferenças hoje, e sabemos que possivelmente não veremos o fim delas durante a nossa vida Talvez isso demore cem, duzentos ou 300 anos, não sabemos. Mas Abraão foi o pai da fé porque acreditou, não porque viu”, observa.

Fonte: Cristianismo Hoje

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